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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Asilo

  Hoje, participando do projeto social da minha escola, eu minha turma, fomos numa excursão não obrigatória (por isso de 32 somente 18 foram). A excursão foi para um asilo, ou falando politicamente correto, um lar de idosos. Eu fui pensando que seria um lugar com meia dúzia de velhinhos, sentados no sofá, um na cadeira de rodas, batendo palmas. O lugar na era bem assim. Nós levamos presentes e comida. Cheguei e achei que saíria de lá deprimida. Alguns cegos, a maioria no andador ou na cadeira de rodas, alguns tristes, alguns nem conseguiam segurar a si próprio. Mas percebi aos poucos que a maioria lá era feliz. Não. Provavelmente eles não tem motivo, pela nossa visão, foram deixados pela família, doentes e vivem de doação. Mas quando chegamos, e entramos, a interrogação ficou estampada na cara de todo mundo. Mas os meninos quebraram! Tocaram violão, flauta, cantaram, dançaram, leram, enquanto eu e minha amiga vestíamos nossas roupas caseiras de mamãe noela.  Chegamos na capela, onde era a "reunião" e alegria estampada no rosto de cada um era inigualável. A representante puxou um Pai Nosso e Ave Maria. Quando nós entramos, e entregamos os presentes os velhinhos ficaram surpresos tipo "Pra miiiim?!". Me deram bençãos, tapinhas, beijos na mão, sabonetes (Luzia, que faz 81 anos hoje, me deu para que eu me lembrasse "da véia do asilo".). Bem, eu amei. E eu vi  que o pouco satisfaz.
P.S: Luzia disse uma coisa muito bonita, "nunca se sinta seguro, nunca se sinta com tudo na mão, porque eu sempre tive roupa, comida, casa e família, e agora estou aqui."

1 coisitas observaram:

PHD Pedro Falou uma coisita que me tocou

Adorei esse texto minha escritora favorita. Beijos.